Grito.

Chega, não te faço mais isto.
Para a próxima, em vez de te poupar, lanço-te da boca para fora e jamais te guardo cá dentro.
Eu sei, ele merecia o meu desprezo, mas não me vou vingar nunca mais, eu vou falar e dizer-lhe tudo, nem que seja á frente de uma multidão ... Desta vez foi apenas para ele aprender.
E tu? Não achas que te devia ter gritado ao ouvido dele? Havia de lhe ter dito que não pode ser assim, contudo o meu coração é dele,
só dele, e era incapaz de lhe fazer mal algum, mesmo que fosse um pequenino grito.
Se ele soubesse que o amo, como nunca amei ninguém, ele talvez não precisasse de tudo isto, parece que faz tudo para me irritar ou para ganhar atenção, eu dava-a, não era preciso tudo isto. Ou talvez não seja isto e eu talvez não veja a realidade.
E ela? Ai se eu tivesse coragem gritava até a deixar surda, torturava-a, ela bem que merece. Bem merece um grito acompanhado de dois estalos (bem dados), há já algum tempo.
Bem, espero que não seja preciso usar-te, senhor grito, ou a voces, meninos estalos, ou seja lá o que for, para que eu seja ouvida e entendida da forma mais correcta.
Se bem que eu acho que mais dia menos dia estarei eu a gritar e passo-me a sério e levo-a á frente.